Tudo começou
em 2012, mais um ano na escola. Sala nova, pessoas novas, e eu, ali sozinha.
Todos os meus amigos estavam em outra sala e eu estava me sentindo totalmente
perdida. No primeiro dia de aula, a prof° de português perguntou:
Prof° Dalva:
Então Mirian, gostou da sua nova sala?
Mirian: Não!
Prof° Dalva:
Porque não?
Mirian: Não
gosto das pessoas dessa sala.
E pronto,
uma frase, uma sala de inimigos. É realmente era isso que eu pensava, até a prof°
fazer o mapa da sala e me colocar sentada do lado da Bárbara e na frente da
Monique. Duas meninas que eu não suportava, mas que a convivência as fez
virarem minhas melhores amigas. E junto delas ganhei também a Isabel.
A Bárbara
era baixinha, de cabelo preto, e um ano mais velho que eu, super amiga, Monique
já era alta, de cabelo castanho, muito de bem com a vida, alegre e que não
tinha papas na língua. Isabel é um pouco diferente, era baixinha também,
loirinha, delicadeza em pessoa, e uma grande amiga, mas depois de Monique, foi
a que eu mais briguei. No ano que se passou e no próximo que se iniciava, me
aproximei muito delas como se fossemos amigas de infância, ate mesmo irmãs.
É claro que
brigas aconteciam e que eu tinha outras amigas como a Julia e a Luciana, mas
elas, Barbara, Monique e Isabel, eram as melhores. Queria que tivesse
continuado assim por mais tempo. Em 2014, Barbara não caiu na minha sala, oque
nos afastou um pouco, e consequentemente, foi ai que me aproximei mais da
Julia, já que Luciana também não caiu na nossa sala. No mesmo ano, Isabel e
Monique brigaram, me deixando dividida, sem conseguir escolher uma delas, mas
eu sempre apoiava mais Isabel, o que talvez não tenha sido a melhor atitude. E
ai chegou 2015, o que poderia ter sido considerado o pior ano da minha vida,
pelo menos até abril. Terminei com meu namorado que eu julgava amar e via minha
amizade com Monique acabando e eu simplesmente não fiz nada para impedir, ate
porque, Isabel e Monique não se falavam mais e ate aquele momento, Monique
tinha me decepcionado mais que Isabel e através disso, fiz minha escolha, qual
continuaria a ser minha amiga, e acho que não preciso dizer que nunca mais
falei com Monique.
E com toda
briga que aconteceu entre Isabel e Monique, acabou afetando minha amizade com
Isabel, ainda mais depois que comecei a namorar outro menino em abril. Nossa
amizade tinha altos e baixos, mas depois de um tempo, teve só baixos. Depois de
ficar o ano de 2015 inteiro sem falar com Monique, resolvi me desculpar e dizer
o quanto ela já me ajudou quando precisei, mas deixei claro que não seriamos
mais amigas pois nós já erramos muito uma com a outra, eu só queria começar 2016
sem desavenças do passado e minha atitude gerou uma discussão entre eu e Isabel,
não tive apoio, ao contrario, falaram coisas de mim que prefiro esquecer. O ano
acabou e nele ficaram os meus problemas.
Não vou
dizer que não sinto falta da Monique, em muitos momentos, só ela estava comigo,só ela me entendia, me tratava como irmã, me protegia enquanto Isabel, sempre que podia falava coisas que me atingiam, como se só ela fosse a certa, só ela fosse a queridinha de todos e sempre me deixava com um sentimento de que eu era "a amiga feia que a loirinha usava pra ter atenção dos meninos"... Mas não era assim, Isabel sempre teve muitas qualidades, sabia ser amiga, e nós realmente tínhamos uma amizade que se baseava
somente em carinho, companheirismo, ombro amigo, ajuda, mas acho que essa fase
passou quando ela percebeu que Monique estava roubando seu lugar, estava passando a ser o centro das atenções. Sinto sim falta de Isabel, mas da Isabel que eu conheci quando tinha 13 anos, que se preocupava com que os outros iam sentir com o que ela falasse, que fazia as coisas para o bem de todos que ela amava e para o bem dela também, é claro, mas que valorizava as amizades que tinha.
Ano novo,
período novo na escola, ultimo ano, amigos novos, o que me resta apenas é
aproveitar ao lado de pessoas que realmente me amam, que vão rir, quando
eu rir, que vão chorar, quando eu chorar, e que, principalmente, vão ter
comigo uma amizade verdadeira e sem limites.
